quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cooorre Bino que é cilada! - Quarta me conta um conto que eu aumento um ponto

Há não muito tempo, em uma estradinha não muito longe da capital do Paraná. Mais precisamente em São João de Cima, mais ou menos entre o município de Morretes e Antonina, no litoral do estado. É onde ocorre nosso fato. Mais ou menos a cada 5 ou 6 dias, não me recordo exatamente a medida exata do tempo, pois naquela época era muito difícil dizer ao certo sem termos relógios ou esses instrumentos precisos de marcação de tempo. Nesse dia fez um grande calor, como de costume. Tempo abafado. Realmente abafado. Típico do litoral morretense. Quem é de lá que o diga. E estávamos mais ou menos no períodos das grandes chuvas. Naquela época esses período de estação do ano eram muito mais bem definidos, apesar de não ter esses instrumentos tão sofisticados de previsão de tempo e espaço. Que seja. É de sabedoria do povo que as noites, quando esquenta demais e não chove na cidade, os barulhos que se ouvem lá de cima da serra. Visitante distraído ou não dorme ou não acorda mais. Já explico: é a cabeça d´água. Um mito? Uma lenda? Coisa da minha cabeça? Pode até ser. Mas nesse dia tinha feito realmente muito calor. E nada de chuva por esses lados aqui. Bem no sábado, quanto estava tendo a famosa festa Feira, uns três jovenzinhos metidos a invencíveis resolveram acampar perto da beira do Rio Nhundaquara. Todos fortes, bonitos, muito bem apessoados. Chegaram na cidade, com mochila nas costas e barracas nas mãos. “Não vai dormir pra lá nessas horas , que tem a cabeça d´água!”. Todo mundo que pôde avisou. E se fosse só por aí, até dava o jeito, pra ir amanhã ou depois, sei lá. É que era noite de lua cheia também. Adivinha se os jovens não foram?! Pelas bandas da uma da madrugada, quando não se ouvia mais nem as cigarras, nem os grilos, ouve-se o começo do estrondo. Quem ouve primeiro, como sempre, sai gritando para alertar todo mundo. Todos levantam tudo que podem salvar da água e procuram a casa de quem tem mais segurança. Não é hábito, mas o povo de lá já sabe isso dos avós que souberam dos avós. É assim que se faz. Só que nesse dia, se ouvia uivo de lobo. Lobo? É lobo. Mas por essas bandas se vê raposa, até umas pacas, uns gambás. Mas lobo? Uivando? Desse eu nunca tinha ouvido. A cabeça d´água quando desce leva tudo que encontra pela frente, até chegar nas baixadas, na cidade. Quando ela chega a água sobe toda de uma vez. Vem galho, vem madeira, vem folha, pedaço de barraca o até peixe. Mas dessa vez veio dois rapazes ensangüentados, e um lobo com a cabeça arrancada... Ainda hoje a cabeça d´água existe. Pode perguntar pro meu avô, e pro avô dele...
Máu-ri
uuuuuuuuuu creepy
pode procurar no google.
pra provar que eu to mentindo, eu tiro meu chapéu.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Achei!

http://www.youtube.com/watch?v=pDFrduuaUoc&feature=related

Para ler ouvindo: Achou! – Dante Ozzetti & Ceumar.


Depois de tanto tempo (pensando, duvidando, refletindo, achando que não dava) finalmente achei uma função para o orgulho. “Me diga alguma coisa positiva do orgulho!? Orgulho só serve pra gente se fuder”. De fato, é mais ou menos por aí mesmo. Poréém, mantendo minha dualidade de pensamento, pragmática (um salve pro PRF. Jair), a teoria dos pontos de vista, ou seja, tudo é ponto de vista, não há bom nem mau. Há modos de encarar um tróço. Orgulho serve pra não deixar desistir. O que pode ser bom, as vezes. Serve pra te manter no jogo. Pra continuar tentando. Pra na hora que você se reconhece no caminho da descida, ajudar a mostrar de onde você vai tirar força pra subir de volta. Hoje eu concluí isso. Hoje eu Perdi a hora. Ontem eu assisti um filme de um francês, gravado aqui no Brasil, que concorreu a um trilhão de Oscar. Ganhou um só, eu acho. É com o Robert Deniro (quando ele tinha uns 25 anos). Chama “A Missão”. Um tezão de filme. Fala sobre as missões jesuíticas na América, bem logo depois da época do Tratado de Tordesilhas. Realmente um filme excelente. Só que beeem pesado. E bastante triste. Fui pra casa até meio abatido depois do filme. Depois, resolvi assistir Star Trek, o filme novo, pra dar uma espairecida. Apesar de eu não ter certeza do que realmente siguenefique isso. Esse segundo filme de fato me deixou mais tranqüilo. A ponto at’e de poder dormir logo em seguida. S’o que eu acordei meio mal. Perdi o horário, perdi a aula. Levantei meio tonto, estranho, tomei banho. Almoçei um damned miojo e fui trabalhar. Um peso pairando na minha cabeça, no meu ar. Só que eu coloquei uma camisa que eu gosto sabe. Coloquei uma camiseta vermelha por baixo dela. Bem como diriam umas mocinhas, eu estou sempre de vermelho. E eu me sinto bem assim. Combinando do jeito que EU ache que combina. Cheguei no ponto, o ônibus passou muito em seguida, e de repente já começou a chover. Bah, desde quando eu tenho essa sorte junta? O.k., desde sempre. Mas num dia pesado e estranho desses? Nota* Se vestir com roupas que você gosta pode ajudar no construir de um dia mais legal. “O Bom gosto sempre foi o maior inimigo da Arte”(P.Picasso) E nós, como artistas que somos, fodamos o bom gosto. Eu combino a cor que eu quiser com a outra. Prova disso que quando eu postar esse texto estarei com uma camiseta amarela embaixo de uma camisa meio bege/branca, com listras azuis e pretas, acompanhado de uma calça dins velha, um tênis VERde e uma japona/jaquela azul acinzentado, bem rasgada ainda por cima. Voltando à vaca fria, como diria Dennison de Oliveira, cheguei ao trampo, chequei alguns e-mails, adorei o que eu vi. Logo saí com a chefe, fomos nuns lugares que iríamos mesmo (essa é boa hein). Conversamos no caminho. Mas o que nem ela, nem eu sabíamos, é que eu ia ficar tão feliz de ter saído a tarde. Depois tomamos, secretamente, capuccino. Uma delícia. Eu nem sabia que eu estava precisando tanto de uma atividade social assim no meio da tarde. Acho que essa história na vida de precisar de dinheiro, futuro, sucesso, acaba desgastando a gente de pensar nisso. Depois ainda tive o pudor de ir ver meu progenitor, e eis que pois (senão quando) ganhei uma bufunfinha que veio extremamente muito bem a calhar. Despues, sabes tu, fui ao ponto do Água Verde FAP, quando encontrei pessoas legais, cuja conversa sobre o decorrer de meu curso me animou bastante. Haveria prova em minha faculdade agora a noite. Minha primeira vez com os outros me vendo. Normalmente eu estaria muito mais ansioso, bem como na semana passada. Só que eu encontrei o senhor vizinho no ônibus, e acabei falando tanto o caminho inteiro que esqueci de me preocupar. Bom, agora que você já sabe tão detalhadamente como foi o meu dia, você deve até querer, pelo menos, saber como foi o fim. Mas é aí que eu resolvo: não vou contar. O blog é meu, o texto é meu, quem tá escrevendo sou eu. Claro que a prova, o clima, o ambiente, as pessoas. Todo mundo com quem eu falei, vi, pensei, conversei, fizeram uma diferença estranhíssima nesse dia, nesse dia que eu percebi que orgulho é uma bosta, mas ainda assim dá pra ver do outro lado. Agora me sinto com uma sensação de que deu certo alguma coisa que eu nem achei que tinha tentado. Então é assim que as pessoas que se esforçam de fato, que fazem com vontade e amor (os gays dizem ‘tezão’) aquilo que fazem. “Sabe quando de repente parece que te respondem aquilo que você tava, ainda, tentando perguntar?!?” Um dia ainda eu consigo colocar umas sensações em potes, e vende-las-ei. Óbvio que não. Sou egoísta demais pra isso. Ao mesmo tempo altruísta. Que você possa ter um dia tão comPLETAnte quanto o meu. É, isso mesmo, você sabe que eu estou aqui, e eu sei que você está aí. Estávamos conversando. Isso não é um texto.


Máu-ri
Te assustando no final do post

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quem me dera teus olhos pudessem ver por trás dos meus...

Citando o personagem Do Contra, nas histórias do meu quase xará ‘Maurício de Souza’, “minha vida começou pelo fim... de uma longa espera de nove meses, de gravidez, até que eu nasci.” Genial. Então foi vindo até os dias de hoje, de milhares e milhares de maneiras, assistindo muita televisão, lendo com moderação, ouvindo tantas músicas a ponto de não mais perceber o quanto isso é intrínseco à minha existência. Cada vez mais ficando moderado em minhas opiniões e descobrindo a diversidade alheia (mesmo alheia em mim mesmo) e tentando respeitar cada vez mais. Sempre que eu paro para pensar sobre minha relação com cada pessoa que passa pela minha vida, me sinto uma esponja. Esponja cultural, oral, intelectual. Me defino mais ou menos como uma máquina de repetir. Só que essa repetição é minha, do meu jeito, com o meu traço, porque já não dá mais pra “desmisturar” tudo que eu já absorvi. Agora, para onde eu vou? Bom, depois do serviço eu geralmente vou para a aula na Fap. A pé. Ou na sexta-feira eu vou no show do Otto. Adoro Otto. Quando eu crescer, quero ser pai, ter pelo menos um filho (ou uma filha). Quero juntar o que eu gosto com o que eu preciso. Gosto imensamente de política. Gosto gigantemente de Artes. Teatro, é no que estamos em questão. Sempre que eu trabalhei em minha vida, praticamente todas as vezes foi em serviço público. Desde concursado, como estagiário, passando até por terceirizado, para algum órgão estatal. Não obstante, não tenho pretensões de não ficar ‘rico’. Muito pelo contrário. Nem de trabalhar pouco. Apenas quero continuar acreditando em mim e no futuro. Também vou para Polônia e para a Ucrânia, o mais brevemente possível. Pegar minha mochila, minhas línguas estrangeiras, algum dinheiro que eu consiga, e olá velho mundo! Vou para a pista de Cooper e para a academia, assim que eu conseguir de novo. Sem saúde, sem futuro. Vou, ainda, para a casa de meus avós, enquanto eles forem vivos. Depois que morrerem também não adianta mais. Vou ser mais simpático e menos intransigente. O que me leva a crer que não há falta de objetividade. Há talvez excesso de tempo para conseguir coisas que demandam muito tempo. Vou precisar de mais paciência e mais obstinação. É meu jeito ninja: não vou parar de tentar até eu conseguir. Quando eu faço uma promessa, é para cumprir. E é assim que eu pretendo ir. Agora, pra onde? Não sei. Como em música de um conjunto já não tão fiel a sua própria obra: “EU NÃO SEI O QUE EU QUERO, MAS EU SEI QUE VOU CONSEGUIR”. Como visto eu até sei o que eu quero. O que muda é descobrir os ‘comos’ conseguir tudo. E cada vez que eu tomo um rumo, tenho mais e mais curiosidade de descobrir outras formas, outros meios. O que nos tira de certa forma de um caminho retilíneo. Mais ou menos como dizem que a mão de Deus escreve. Antônio Fagundes no filme Deus é Brasileiro, no papel de Deus, certo momento diz: “não sou eu que escrevo torto, são vocês que não sabem ler mesmo”. Que tem idealismo nos meus sonhos ainda tem. Cada vez menos, concordo/admito. Não tenho vergonha de querer assim, e não me desculpo por perder um pouquinho de idealismo por mês. Não é por mal. Mas também não sou vítima de nada. Vejo as necessidade e tento me adaptar a elas. Para isso temos que as vezes adiar alguns planos, ou adiantar outros. Só quando se para de ver o lado da metade vazia da taça de Moët Chandon Imperial Demi-Sec, é que se pode começar a pensar em avançar. E é avançar que eu quero. Não progredir de qualquer jeito, nem a qualquer custo. Não quero fugir de nada, mas também não encanar num problema eterno ( o eterno retorno, rá). Quero mais e mais lanes em meus Wegs. Trilhar paralelo ao certo, ao que dizem ser certo, e ao errado, o que dizem ser errado. Quero errar, também, mas não muito né. Se eu tentar errar, é melhor que eu nem tente. Não é o meu jeito ninja. Eu quero ‘ver correndo pelos meus lindos campos e pastagens minha linda esposa e filhas’. Referente àquela piadinha que acho que ninguém lembra (caso conheça). Eu não quero ir pra Pasárgada. Não quero ir à Guerra. A não ser que eu queira. Não, não foi o que eu não quis dizer. Eu quis dizer exatamente isso. E aquilo. E por fim, mas não no final, quero me desculpar com todos, por tudo que não pude fazer, deixei de fazer, ou tenha feito. Perdão por não poder ter dado mais atenção, ou ter deixado viver com mais liberdade. Perdão por eu não ter conseguido tudo, ou por eu não ter dividido o que e podia. Perdão por achar que não tenho pretensão de fazer o que faço, quando é a maior das pretensões fazer sem pretensão. E quando eu morrer, não quero choro nem vela. Mas quero que alguém possa ser mais feliz porque eu me esforcei pra conseguir alguma coisa.

Máu-ri.
Quem não tem medo, que me compre.