Há certas sensações que não são aconselháveis dividir.
Pelo mais variados motivos. Outras só são completas quando divididas (vide “Into the Wild”). De repente, hoje, em minha caminhada pós-desjejum, vulgo “almoço” no meu caso, fui subitamente acometido de uma singela, porém avassaladora, vontade de evacuação. O popular cagar. Havia a possibilidade de parar no Shopping e usar o higiênico e relativa-aparente-mente limpo tualétchi. Porém o maledeto do relógia não me deixava escolha a não ser acelerar o passo, concentrando a maioria das minhas energias na região sub-diafragmal, no andar correndinho – pra não bater em ninguém e ocasionar um largo dano pelo susto ou pela desconcentração repentina – e na esperança, que segundo aquela lenda lá é a que ficou presa na caixa. Chegando no local de lavório, subo as escadas em velocidade 5. Porém deveria bater o ponto antes. E se bato o ponto, preciso ligar o computador. E se ligo o computador, caso chefes estejam por perto, devo cumprimentá-las. E se há chefes, quer dizer que cheguei atrasado ( o normal é eu SEMPRE chegar bem antes delas...). E se estou atrasado, não posso simplesmente chegar e sair de novo. Então, o estado alpha-épsilon mental em que me encontrava permitiu o controle do que se diz sistema simpático. (ou para-simpático?) vinte minutos contados de brava resistência e levanto-me alegando buscar água e café para melhor atender ao eleitorado chefual, e me vou em direção ao mais nobre local no qual poderia passar pela cabeça em tão subserviente momento: o banheiro. Descrições a parte, confesso que gostaria muito de compartilhar a sensação “pós-descarrego”.
Em verdade vos digo: Obrigado por compartilhar dessa minha sensação que não deveria ser compartilhada.
Com muito Prazer,
Máu-ri.
Em verdade vos digo: Obrigado por compartilhar dessa minha sensação que não deveria ser compartilhada.
Com muito Prazer,
Máu-ri.
(compartilhando o incompartilhável!)
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