terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dia Bucólico

Voláteis

Anos andando no mato
nunca vi um passarinho morto,
como vi um passarinho nato.

Onde acabam esses vôos?
Dissolvem-se no ar, na brisa, no vinho?

Quem sabe, uma doença dos olhos.
Ou serão eternos os passarinhos?

P.Leminski.

Dia hoje bucólico. Bucólico cheio de bucolismo.
Quanta bucolidade foi o dia bucólico de hoje.
Bucólas pra cá, bucólos pra lá. Bucolidade.
Búcolo. De manhã, chegando na cidadezinha
paramos na prefeitura, abrimos mapas e folhas
em cima do capô do carro, começamos a discutir
roteiros, e ordens. Ordenamos as entrevistas,
o vice-prefeito nos convidou a conversar.
Saímos e encontramos nada do que planejamos.
Aliás, realmente não foi fácil de encontrar nada.
Nada não, encontramos sim. Não com a rapidez
que queria. Ao invés de ficar de mal, olho pela janela...
as vaquinhas, haha, sim, vaquinhas. cavalos, mato,
árvores, verde, cheiro, estradas levantando poeira,
gente te encarando dando bom dia de manhã. Gente
que sei lá que que fazem da vida. Empurrando a bicicleta,
em vez de tar em cima delas. Anda e anda e anda. Para,
pergunta, anda, para, pergunta. Boa vontade. Aula de boa
vontade. Até enche o saco. Nem queria ter almoçado. Ainda
acabei comendo bem. Dae na hora de pagar, no caixa tinha
Tortuguitas! Haha e custavam menos de 50 centavos. haha,
bucólico e reminiscente. Depois do almoço andar mais...
até achamos o que procurávamos. No fim dessas contas
amanhã não voltaremos lá, mas quinta-feira que nos espere.
Depois, pra finalizar, uma não devida cerveja, acompanhada
de merecidos companheiros bucólizados. Embucolizados.
Eu quero tanto ir pro campo, quanto eu quero ficar por aqui.
Dá pra ser mais de um de cada vez?
Dá.
Mas não assim.
Mas dá.
=)
Pensando bem, eu quero tudo.
tuuuudo tudo não dá.
Mas vai ter que dar.

Máu-ri.

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